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Palestra de “Distinguished Lecturer” – “Creating Value from Uncertainty and Flexibility” com o Prof. Reidar B. Bratvold

No dia 14 de Novembro o Professor Dr. Reidar B. Bratvold, professor da Universidade de Stavanger e ex profissional da Statoil, apresentou a palestra “Creating Value from Uncertainty and Flexibility”, dentro do programa SPE Distinguished Lectures.


Palestra de “Distinguished Lecturer” – “Creating Value from Uncertainty and Flexibility” com o Prof. Reidar B. Bratvold

O Dr. Bratvold, autor de um livro sobre tomada de decisões (“Making good decisions”), iniciou sua exposição comentando sobre as imprecisões nas previsões de produção e retorno econômico (VPL) de projetos de E&P e de suas múltiplas raízes: desde atrasos na implantação do projeto, dificuldades com controle de custos até a maior causa de todas que é uma certa incapacidade da indústria de fornecer um espectro mais acurado de previsões de produção. Mesmo com a introdução de previsões probabilísticas parece haver um viés que as leva a se concentrarem em torno de uma média com irreal e reduzido desvio padrão. Assim, o professor Bratvold insistiu que as equipes técnicas devem esquecer abordagens meramente determinísticas, enfatizando a importância de técnicos experientes buscarem identificar uma faixa ampla (adequada?) de possíveis valores para as variáveis incertas fornecendo ao decisor alternativas de investir em mais informação ou em flexibilidade ou em ambas.

Duas aplicações práticas destes conceitos em projetos no Mar do Norte foram comentados: um sobre a definição da data ótima para o início de um projeto de “blowdown” de capa de gás em reservatório maduro (artigo SPE 174868 – “A Real Options Approach to the Gas Blowdown Decision”) e outro sobre o desenvolvimento do campo gigante de Johan Sverdrup. No primeiro caso foi possível construir uma alternativa de projeto com um retorno em termos de VPL muito superior ao caso em que apenas uma análise simplificada havia sido feita. No segundo, a questão da incerteza quanto á atuação de aquífero foi devidamente equacionada com a previsão de espaço e recursos para a implantação de projeto de injeção de água caso necessário (investimento em opção real).

Nas discussões finais os temas de quanto investir em informação e quanto em flexibilidade (opções reais) foram debatidos, parecendo não haver uma regra geral, cada caso deverá ser elaborado por técnicos experientes. Outra questão levantada foi sobre o impacto das análises de incertezas não apenas dentro de um projeto em particular, mas em outras áreas da empresa, como a financeira (erros nas previsões podem levar uma empresa a buscar mais ou menos financiamento). Há que considerar a taxa de desconto como variável de incerteza ou os riscos financeiros de um projeto já estão considerados nas previsões do preço do óleo? Múltiplos aspectos que permeiam este fascinante tema tão presente e relevante no dia a dia das Empresas de E&P.

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