Postado em:

Entrevista sobre o Subsea Forum

A 3º edição do Subsea Forum foi realizada nos dias 7 a 9 de junho de 2016, no CENPES – Petrobras com o tema “Breaking New Records”.


A 3º edição do Subsea Forum foi realizada nos dias 7 a 9 de junho de 2016, no CENPES – Petrobras. O tema “Breaking New Records” faz referência ao desafio de se produzir as grandes reservas petrolíferas em águas profundas com custos competitivos e ganhos de escala. O evento, promovido pela SPE Seção Brasil, SPE Seção Macaé e IBP, contou com a participação de 229 profissionais da área de Engenharia Submarina. Estiveram representadas cerca de 50 empresas, entre operadoras e fornecedores ligados à área submarina no Brasil, EUA, França, Noruega e Reino Unido.

Segue uma breve entrevista com os engenheiros da Petrobras Alex Dal Pont e Orlando Ribeiro, ambos do comitê técnico do evento.

Como vocês avaliam o Subsea Forum 2016, em termos de número e da qualidade técnica dos trabalhos, organização e diversidade de participação de profissionais de empresas e países?

O evento contou com 28 apresentações distribuídas nas seis sessões. As apresentações foram encomendadas para atender ao tema de cada sessão e passaram por um alinhamento de conteúdo previamente pelos “chairs” das sessões. Entre os temas abordados destacamos: a situação das tecnologias e experiências relacionadas a equipamentos, sistemas de processamento, dutos, risers e umbilicais submarinos, intervenção submarina, desenvolvimento de novos campos, revitalização de sistemas de produção, gerenciamento da produção e da integridade e descomissionamento de sistemas submarinos. Em nossa análise, atingimos plenamente o objetivo de capturar do mercado, tanto nacional quanto internacional, as análises e sugestões sobre os temas abordados e fomentar os debates.

Participaram do evento cerca de 50 empresas, entre operadoras e fornecedores ligados à área submarina no Brasil, EUA, França, Noruega e Reino Unido. O público externo representou em torno de 6%, sem contar com os estrangeiros que já trabalham no Brasil. Nas outras versões houve uma participação maior do público externo e avaliamos que a dificuldade por que passa a indústria contribuiu para a reduzida participação neste ano.

Em relação à organização, os pontos fortes foram o participação ativa do membros do comitê técnico e o início dos trabalhos com antecedência. Nesta edição, houve poucos patrocinadores, o que impôs um desafio adicional para a organização para garantir a realização do evento. O local do evento no Cenpes foi bem recebido tanto pela organização do evento quanto pelos participantes.

Como o Subsea Forum se compara a outros eventos com foco em engenharia submarina ao redor do mundo?

O Subsea Forum Rio consiste numa sessão única, similar ao Subsea Tieback Forum, dos EUA. Ainda é um evento pequeno, comparado com eventos como o próprio Subsea Tieback Forum, o Subsea Expo, no UK, ou UTC na Noruega. A adesão de patrocinadores dispostos a expor suas soluções ainda é tímida. No entanto, a grande atividade na área submarina no Brasil tem motivado a consolidação deste forum por aqui. Nossa intenção é fazermos um evento para um público cada vez maior, atraindo mais patrocinadores e expositores, e sempre garantindo um debate enriquecedor para a indústria local.

Considerando os painéis realizados no terceiro e último dia do evento, qual foi o principal tema debatido e quais as principais recomendações?

Os debates finais foram bastante enriquecedores. Os operadores enfatizaram que a situação atual requer uma redução de custo significativa do sistema submarino de modo a obtermos um adequado brent de equilíbrio, viabilizando assim os projetos de desenvolvimento da produção. Já os fornecedores reivindicaram o conhecimento antecipado das metas dos projeto, de modo que possam ter tempo para trabalhar nesta redução de custo e para desenvolver conceitos de sistema submarino envolvendo soluções combinadas. Todos os presentes concordaram que muito do tempo que poderia ser investido nesta redução de custo é perdido em discussões, processos de contratação, engenharia e qualificações de equipamentos. Tais limitações podem ser vencidas com uma mudança nos modelos de contratação, com a reavaliação da política de padronização e com a promoção do envolvimento antecipado dos fornecedores. A indústria deve deixar a dualidade de visão otimista ou pessimista e trabalhar para se adaptar ao cenário atual.

Poderiam por favor falar das premiações feitas no fechamento do evento?

A partir desta edição do Subsea Forum Rio, foi criada a sessão de premiação por excelência na área submarina. Neste ano, foram atribuídos três prêmios. Um deles, o Prêmio de Excelência (“Outstanding Award”), na modalidade “indústria”, foi entregue ao gerente da Petrobras Heitor Tsuha. Outro premiado na categoria Outstanding Award, na modalidade “academia”, foi o professor Telmo Roberto Strohaecker, do Laboratório Lamef, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O terceiro prêmio, na categoria solução tecnológica relevante (“Project Award”), foi concedido ao Projeto FlatFish. Desenvolvido pelo Senai Cimatec em parceria com a BG Brasil. O projeto consiste em um veículo autônomo submarino que se movimenta no fundo do oceano realizando a inspeção visual em 3D de dutos e equipamentos submarinos.
O comitê tem a intenção de continuar promovendo este espaço para premiações nos próximos eventos, como um reconhecimento às pessoas e equipes que tem feito a diferença para esta indústria no Brasil. Além disso, é um importante estímulo para as novas gerações se empenharem para o avanço da área.

Qual a previsão de realização do próximo Subsea Forum?

Estamos trabalhando com a previsão de continuar realizando o evento a cada dois anos. Sendo assim, o próximo deve ocorrer em meados de 2018.

SF7 SF6 SF5 SF4 SF3 SF2 SF1

Por que se associar a SPE?

01

Aprimore seus conhecimentos técnicos

02

Aumente sua rede de contatos profissional